Acompanhando o presidente Lula no Japão, Hugo Motta está monitorando a ameaça da oposição na Câmara de obstruir os trabalhos caso ele crie obstáculos para pautar o projeto da anistia a Jair Bolsonaro. Fontes disseram ao BAF que o presidente da Câmara não pretende ceder à pressão.
O discurso de Motta é de que não deixará “desejos pessoais” prevalecer sobre a pauta coletiva e que ele nunca prometeu colocar o tema em votação, portanto a insistência do PL será vista como “quebra de acordo”.
Além de Motta, estão na viagem presidencial Arthur Lira, os líderes do Centrão Isnaldo Bulhões (MDB), Pedro Lucas Fernandes (União) e Dr. Luizinho (PP), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e seu antecessor, Rodrigo Pacheco.
Para conseguir paralisar de verdade a Casa, o PL precisaria do apoio de parte expressiva do Centrão, ainda que tenha a maior bancada e o suporte do Novo. No Republicanos, por exemplo, Bolsonaro não deve conseguir o apoio para pressionar pela anistia porque o presidente da sigla, Marcos Pereira, não se esquece que o ex-presidente interditou o apoio do PL a sua candidatura à presidência da Câmara.
Após uma semana cumprindo agenda com Lula, a tendência é a cúpula do Congresso voltar mais alinhada ao governo, com alguns acordos fechados e estratégias definidas de votação dos temas caros ao Executivo.
Equipe BAF – Direto Brasília
Foto: Kayo Magalhães, Câmara dos Deputados
