Alinhado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não deve se tornar um foco de resistência ao retorno dos trabalhos das comissões mistas de apreciação de Medidas Provisórias.
Alcolumbre fez a promessa de retomada do rito constitucional para MPs – que prevê a votação das medidas em comissão formada por deputados e senadores antes de a matéria passar pelos plenários da Câmara e do Senado.
Por se tratar de pauta consensual e que não geraria polêmica, o plenário da Câmara chegou a analisar nesta semana duas MPs (1257 e 1260) que liberam crédito ao Rio Grande do Sul.
Motta deixou claro que vai trabalhar em conjunto com Alcolumbre e espera que o governo cumpra a promessa de avisar ao Congresso com antecedência as iniciativas que precisem de análise dos congressistas, sejam projetos ou MPs.
O deputado vem se esforçando para demarcar a diferença de estilo em relação ao seu antecessor, Arthur Lira, no que diz respeito aos procedimentos de funcionamento da Câmara.
O novo presidente também adotou um discurso de colaboração com a agenda econômica do governo, mas vem alertando sobre a possibilidade de deterioração do ambiente econômico. Nesta sexta-feira, Motta pregou que sejam tomadas “decisões mais duras” para lidar com a inflação de alimentos e disse que a discussão tem de girar em torno do corte de gastos.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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