Indignados com os ataques do TSE às Forças Armadas e a tentativa de desqualificar o trabalho deles junto à Comissão de Transparência das Eleições (CTE), os militares pretendem divulgar a integra dos documentos encaminhados ao tribunal. No Ministério da Defesa, o entendimento é de que o TSE, propositalmente, “omitiu os enunciados e considerações importantes que antecediam os questionamentos” e faziam parte dos documentos entregues ao tribunal para o entendimento do objetivo das perguntas. “A divulgação de todos os documentos trará luz aos questionamentos”, disse um general ao BAF, acrescentando que “somente a visão completa do que foi entregue ao tribunal permitirá à sociedade a discussão sobre o tema”. As Forças Armadas se viram sob intenso ataque após a divulgação das respostas pelo TSE. Oficiais-generais reagiram ao bombardeio do TSE e da imprensa e rejeitam as críticas de má qualidade dos questionamentos, de desconhecimento de conceitos básicos de estatística e de confusão sobre procedimentos elementares das eleições. Falam até em má-fé na forma como as perguntas foram apresentadas, sem as considerações iniciais que dizem que contextualizavam e justificavam suas perguntas. Ficaram muito irritados, além de inconformados com a desqualificação do trabalho. Por isso, acreditam que somente a divulgação da íntegra, com as contextualizações, mostrará que eles têm razão em seus questionamentos. A Defesa entende ainda que não há problema em distribuir a íntegra do documento, já que o TSE foi consultado e disse que não havia objeção a essa divulgação. O MD não diz, no entanto, quando a sua versão será apresentada.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília