O acordo a ser pago pelas mineradoras Vale e Samarco devido ao rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG) será assinado em cerimônia no Palácio do Planalto amanhã, com participação social, em uma tentativa de o governo mostrar que ouviu e atendeu o pleito dos afetados, inclusive indígenas – algo caro para a gestão Lula.
O presidente deve participar do primeiro evento público após o acidente doméstico e com o ministro mineiro Alexandre Silveira (MME) à tiracolo. O ministro tem pretensões eleitorais no Estado em 2026.
Os valores finais são aqueles antecipados por Silveira: R$ 100 bilhões em pagamentos a serem feitos em 20 anos, incluindo as indenizações individuais, de R$ 35 mil (antes eram R$ 30 mil, reajustados após reclamações de movimentos sociais). Mais R$ 30 bilhões são valores já aprovisionados e R$ 37 bilhões que já foram alocados em ações via Fundacao Renova.
O anúncio do acordo ocorre na semana que começou o julgamento em Londres e semanas antes da COP no Azerbaijão, onde a diplomacia brasileira poderá dizer que atendeu às vítimas da tragédia.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Agência Brasil