Mais tempo para discutir o IR

Pressionado pelos líderes de centro, Arthur Lira foi obrigado a recuar da intenção de votar hoje a Reforma do IR. Os líderes alegaram que votaram em três dias a PEC do Voto Impresso, a cassação de Flordelis, a MP 1045 e a Reforma Eleitoral, que não houve tempo suficiente para se aprofundar no texto de Celso Sabino e que há muitas dúvidas diante da reclamação de vários setores. DEM, PSDB, PSD, Republicanos e MDB pressionaram. Novo e Podemos, por exemplo, chegaram a se alinhar à oposição na votação do requerimento de retirada de pauta sob os mesmos argumentos. Lira deixou claro hoje que gostaria de liquidar o assunto o mais rápido possível por considerar que quanto mais o tempo passasse, maior seria a pressão dos setores insatisfeitos. Segundo Lira, há um movimento em curso para manutenção de privilégios e a Câmara não conseguirá atender aos pleitos integrais de Estados e municípios (embora tenha reforçado que não haverá perdas para os entes da Federação). Durante toda a semana, líderes disseram ao BAF que não haveria clima para votação da matéria nesta semana porque o tema não estava amadurecido, que o texto não estava consolidado e reclamaram do açodamento de Lira. No plenário, o presidente da Câmara não escondeu a insatisfação com o adiamento e lembrou que num tema complexo como a Reforma Tributária, não haverá na próxima terça-feira proposta consensual no plenário, mas sim uma maioria.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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