O presidente Lula reapareceu nesta quinta-feira, em agenda improvisada, para falar com a imprensa com um objetivo claro: passar a imagem de que está no comando e que está com disposição para voltar a viajar o país.
O mandatário foi questionado sobre o resultado do Copom e, em tom de resignação, disse que seu indicado para a presidência do BC, Gabriel Galípolo, “não pode dar um cavalo de pau”, que já esperava o aumento, que confia 100% nele e que está seguro de que Galípolo entregará uma taxa de juros menor no tempo certo. Trata-se de uma clara mudança na relação do Palácio do Planalto com o Banco Central.
Lula disse que Gilberto Kassab foi “injusto” com o ministro Fernando Haddad e listou suas entregas. Sobre inflação, o petista disse que não adotará medidas que sejam “bravatas” para resolver o problema.
Desconversou sobre 2026, disse que está preocupado em fazer de 2025 o “ano da melhor colheita” em “todas as áreas” e que discussão sobre eleição ficará para o ano que vem.
Chamou a atenção os elogios ao vice, Geraldo Alckmin, em diversos momentos da entrevista, por seu “extraordinário serviço” ao governo.
Ajuste fiscal – Na entrevista desta quinta-feira, o presidente Lula descartou no curto prazo novas medidas de ajuste fiscal, sinalizando que a depender do cenário no meio do ano, poderá voltar a estudar o assunto*. É um indicativo de que o tema não está no radar agora, já que não quer cortes “desnecessários” ou promover sacrifícios para “o povo pobre”.
O petista afirmou que estabilidade fiscal é uma questão “muito importante” para ele, que busca o menor déficit fiscal possível e que não vai fazer “com que o Brasil estoure”. Lula jogou o “rombo fiscal” no colo do governo anterior.
Vítima de um acidente doméstico e não de uma doença, Lula insistiu que está bem de saúde, com “muita jovialidade e energia de 30 anos”, ou seja, se colocou de forma ativa no jogo eleitoral de 2026.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Reprodução Canal Gov
