Após derrubar a meta fiscal em 2024, o presidente Lula vai para a linha de frente das conversas políticas com o Congresso para demonstrar que há sintonia com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) anunciou que haverá reunião com líderes e caciques partidários do “Conselho da Coalizão” na Câmara amanhã e na semana que vem com os representantes do Senado. O governo quer uma espécie de esforço concentrado daqui até o fim do ano em torno das medidas de arrecadação da equipe econômica que tramitam no Parlamento. O tempo urge. Faltando menos de dois meses para o fim dos trabalhos legislativos, o Palácio do Planalto quer muita coisa: além da votação das leis orçamentárias de 2024, o governo pretende convencer os líderes de que a pauta deve centrar sobre os projetos que fazem “justiça tributária”. O foco é colocar para andar a proposta que substituiu a MP 1185 e o crédito do carbono (ambos na Câmara) e a Reforma Tributária e o PL das Offshores (no Senado). Em semana mais curta, o governo espera que a Câmara vote a Lei de Debêntures e que o Senado aprove, ao menos na CAE, a proposta das apostas eletrônicas.
Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Ricardo Stuckert, PR