Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da Câmara sinaliza que embarcou no governo Lula de vez. Ao contrário de aliados do Centrão, que demonstraram recentemente comedimento quando questionados sobre a entrega de votos na Câmara, Arthur Lira apontou que a entrada do grupo na Esplanada garantirá até 350 votos ao governo. Lira também fala abertamente da negociação dos postos na Caixa “de porteira fechada”, “na minha cota” ou na do PP e que todos os partidos envolvidos no acordo estarão representados na nova estrutura. Tudo passará por ele de forma “transparente”. O deputado desconversa sobre uma futura indicação ao ministério de Lula. Todos sabem, no entanto, que no dia seguinte a sua sucessão em fevereiro de 2025, ex-presidente da Câmara perde poder e a forma de se manter relevante politicamente é assumindo um posto de destaque no governo.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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