Afastado do país por quase dez dias, o presidente da Câmara, Arthur Lira, voltou para reassumir a função de maestro do governo, em que pese sua posição de “neutralidade”. Na entrevista concedida mais cedo, Lira deixou claro sua aversão à postura petista de querer hegemonia. Essa é uma crítica recorrente ao partido, desde o primeiro mandato de Lula, em 2003. A diferença é que, agora, há um centrão expandido e mais forte. Lira deu a senha, mais uma vez, aos articuladores do governo: se não compartilhar o poder, entregar cargos e destravar emendas, as coisas não vão andar. O novo arcabouço fiscal, no entanto, está assegurado.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Pablo Valadares, Câmara dos Deputados