Enquanto organiza os preparativos para a paralisação geral de um dia amanhã, Dia do Meio Ambiente, o presidente da Ascema Nacional, Binho Zavascki, disse ao BAF que uma eventual greve-geral na semana que vem ainda depende do agendamento de reunião com o Ministério de Gestão e Inovação. As assembleias realizadas até agora aprovaram o indicativo de greve, mas não ficou estabelecido o dia de início na semana que vem e nem o prazo. O governo se concentrou nas negociações com os docentes das universidades federais que também estão em campanha salarial e as reivindicações dos servidores ambientais ficaram em segundo plano nas últimas semanas. Ao entrar no sexto mês de operação-padrão, os servidores do Ibama, ICMbio e Serviço Florestal passaram a considerar a paralisação total como forma de pressionar o governo federal. Em discurso durante sessão solene nesta manhã no plenário da Câmara, Zavascki lembrou que a categoria apoiou a candidatura de Lula, se esforçou no ano passado para cumprir a estratégia governamental de combate ao garimpo ilegal e à invasão de terras indígenas, mas que agora o governo Lula demonstra “desinteresse” na pauta dos servidores ambientais. O dirigente destacou que a postura do governo causa prejuízos financeiros, ambientais e na reputação internacional do País.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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