A Ascema Nacional pretende concluir até sexta-feira mais uma rodada de assembleias para discutir o conteúdo da proposta do governo para encerrar a campanha salarial.
Os dirigentes sindicais saíram frustrados da reunião de sexta passada com o Ministério da Gestão e Inovação porque foi mantida a proposta apresentada em abril e, segundo a Ascema, o MGI não teria sequer considerado a nova contraproposta da categoria. O documento oficial do governo reiterando a proposta ainda não foi encaminhado aos servidores do Ibama, ICMbio e Serviço Florestal.
A data limite do dia 16 de agosto que o governo deu para resolver os impasses com os servidores federais em campanha foi vista como tentativa de colocar “a corda no pescoço” da categoria, que já reclama de tratamento “desrespeitoso” do governo. “A contraproposta que apresentamos era um claro recuo e aceno na perspectiva de avançar num acordo, o que o governo apresentou na reunião de sexta é clara e evidente tentativa de derrotar os servidores ambientais”, reclamou Binho Zavascki ao BAF. Segundo o presidente da Ascema, nem a intervenção de Marina Silva está sendo considerada pelo MGI.
Questionado se a categoria deve aceitar os termos propostos pelo governo para não ficar sem nada, o dirigente respondeu que ainda não dá para prever o termômetro das assembleias, uma vez que há pontos da oferta do MGI que são “inaceitáveis”.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Rafaela Felicciano