Fernando Haddad enfrentou, no governo, debates internos importantes sobre a condução da política econômica e venceu quando decisões foram tomadas para a manutenção das metas de inflação e de resultado primário. Em qualquer governo, o debate é acirrado quando são confrontados os planos de investimentos ou políticas públicas com a capacidade do orçamento federal. Do Congresso vêm pressões para aumento das despesas e elas somam-se aos que defendem interesses públicos e privados. Ontem, Lula disse em reunião com empresários que integram o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que um salto de qualidade no crescimento é compatível com o aumento da dívida. Essas ideias sempre terão espaço no debate econômico do PT e de qualquer governo, mas, neste momento, o ministro da Fazenda está engajado em executar o plano de dar ao Banco Central todos os argumentos para reduzir a Selic.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Diogo Zacarias