Em maio à ressaca provocada pela Operação Hefesto – investigação da Polícia Federal sobre a compra de kits de robótica -, os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet trabalham para que a tramitação do novo marco fiscal no Senado seja rápida e, se possível, com redução de danos para o governo. O cenário ideal para o Executivo está praticamente descartado. Convencer os senadores a evitar mudanças no texto aprovado pelos deputados parece missão perdida neste momento. O desfecho mais provável é o da volta da matéria à Câmara, o que reabre o jogo naquela Casa. Para piorar, o tempo passa e atrasa a tramitação da LDO, que terá como relator o deputado Danilo Forte (União-CE), aliado de Lira. O presidente do Senado falou o que o Executivo queria ouvir ao informar que a votação do projeto de lei complementar do novo marco fiscal será na terça-feira. O relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM), da base do governo, passará pela CAE e pelo plenário no mesmo dia. No dia seguinte, a CCJ e o plenário votarão a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Pablo Valadares, Câmara dos Deputados