O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, se submeteu a uma maratona de entrevistas para dar sua versão ao andamento das investigações sobre o esquema bilionário de desvios em aposentadorias e pensões. Outrora “faxinado” do governo Dilma Rousseff, Lupi admitiu que houve demora para tomar medidas para conter as fraudes, mas negou omissão.
O desvio pode ter chegado a R$ 6 bi, mas ainda assim o ministro vinha defendendo a manutenção no cargo do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Lupi disse não se sentir desconfortável no cargo, assim como Juscelino Filho na época que surgiram as primeiras informações sobre o desvio de emendas parlamentares seguiu no Ministério das Comunicações. O “desconforto” só veio quando foi denunciado pelo PGR.
Trata-se de figuras de dois partidos, de campos diferentes, mas que o governo não quer melindrar por causa do palanque de 2026.
Diferentemente dos antigos colegas de Esplanada, Silvio Almeida teve poucas horas na pasta de Direitos Humanos e tempo escasso para o benefício da dúvida, o que deixa explícito o tratamento diferenciado entre assédio sexual e casos de corrupção.
Almeida não era ligado a nenhum partido importante para a política de alianças do governo, ou seja, era de fácil demissão. Já os demais precisam ser tratados com cautela.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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