O governo e integrantes da Eletrobras consideram que conseguiram contornar no TCU o maior problema no voto de Aroldo Cedraz. Um pouco antes da sessão, o ministro desistiu sobre sua interpretação do uso do poison pills – ele propôs inicialmente retirar uma cláusula que dificultava ao governo a reestatização da Eletrobras. A inclusão pegou de surpresa o Executivo, que entendia que a modelagem estava pacificada entre os ministros do TCU. Caso tivesse sido mantida, a alteração poderia realmente ameaçar o calendário da capitalização, já que precisaria ser votada novamente em assembleia pela estatal. A determinação de Cedraz para que o BNDES reavalie os preços mínimos das ações não é um problema para o governo, como o BAF adiantou, por ser uma etapa feita após o aval do tribunal. O maior temor agora é com o pedido de vistas de Vital do Rêgo. Se realmente se mantiver em 60 dias, pode jogar a capitalização para um período eleitoral muito turbulento para a capitalização. Neste momento, ministros seguem fazendo apelos a Vital do Rêgo na sessão. A tendência é que eles atuem nos bastidores para que o ministro encurte o prazo de vistas.
Equipe BAF – Direto de Brasília