Na entrevista coletiva concedida após a reunião ministerial, os ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Rui Costa (Casa Civil) avaliaram que as políticas públicas adotadas pelo governo deverão começar a fazer efeito neste ano e, portanto, irão influenciar positivamente na popularidade do presidente Lula ao longo dos próximos meses.
O discurso de Lula, no início da reunião, foi nessa linha: ele fez questão de dizer que sua equipe pegou o governo “em escombros” e que estaria sendo reconstruído.
Pimenta também admitiu que é necessário melhorar a comunicação e, neste sentido, uma empresa para a área digital está sendo contratada para tratar de direcionar as informações para públicos específicos.
O Planalto também decidiu continuar apostando na entrega de obras e serviços para se aproximar do público evangélico. Rui Costa disse que o governo tem ações voltadas para as famílias e esse deve ser o mote daqui para frente.
Autoelogio – O discurso inicial do presidente Lula na reunião ministerial foi de autoelogio ao próprio governo e de críticas ao ex-presidente Bolsonaro.
Lula falou que os ministros encontraram suas pastas “defasadas, destruídas, sem políticas públicas” e que, portanto, o primeiro ano foi de recuperação. Porém, reconheceu que ainda falta muito o que fazer – as pesquisas apontam queda de popularidade – e, em tom de campanha, prometeu que ao término do seu mandato as coisas estarão melhor.
O presidente elogiou nominalmente o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por abrir mercados para produtos brasileiros e aproveitou para dizer que não é para privatizar estatais.
Numa crítica velada, Lula disse ao ministro da Secretaria de Comunicação Social que é o próprio governo que tem que divulgar melhor suas ações.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil