Em uma semana marcada pela derrota do ministro Fernando Haddad no Congresso e a imposição da agenda da oposição na Câmara, a base governista busca um foco positivo para virar a página.
Não há data ainda no Senado para apresentação da proposta que pode garantir a manutenção das desonerações. Ali, aguarda-se o retorno do presidente Lula da viagem a Europa, na semana que vem.
Na Câmara, espera-se conversas entre líderes governistas para definir a estratégia de superação da sucessão de derrotas. Embora o PL do Aborto não esteja previsto para votação imediata (ainda mais após o recado de Rodrigo Pacheco de que no Senado não haverá açodamento), o tema já contaminou o ambiente na Câmara.
Uma das soluções apontadas ao BAF é dar holofote ao andamento dos projetos de regulamentação da Reforma Tributária, em fase de audiências nos grupos de trabalho. A previsão é de que o tema esteja apto para votação em um mês, no máximo até 18 de julho.
A avaliação é que, mesmo com a turbulência causada pelas discussões sobre revisão de gastos e compensação para desoneração, os PLPs da Reforma Tributária não podem ficar para serem votados na Câmara no segundo semestre.
Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Sergio Lima