A caducidade a MP 1118, que deve acontecer amanhã, e consequentemente a morte da emenda que alterava o setor elétrico, está sendo considerada uma vitória para o governo pelos próprios integrantes do Executivo. Não era o cenário ideal: o governo preferia a impugnação do que foi incluído pela Câmara e aprovação da MP original, mas o resultado foi satisfatório, segundo integrantes do MME. O maior receio era de que a aprovação das regras do setor elétrico exigisse um veto presidencial. Este poderia, mais tarde, ser derrubado pelos congressistas. O entendimento do governo é de que a instabilidade criada por um possível veto poderia afugentar os investimentos do setor elétrico, ainda que temporariamente. Embora tenha comemorado, a situação criada pela emenda na medida é resultado de um governo enfraquecido no Congresso num período pré-eleitoral. Em outras situações de maior importância, a liderança do governo já foi capaz de barrar jabutis ainda na Câmara, o que não aconteceu dessa vez com a MP 1118.
Equipe BAF – Direto de Brasília