O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, não convenceu os senadores ao falar na audiência pública sobre os preços dos combustíveis. O general tem batido na mesma tecla de que a estatal não tem responsabilidade sobre os reajustes e da importância do PPI para o abastecimento. O consenso entre os senadores é de que falta uma ação conjunta da Petrobras e do governo para tentar diminuir o impacto dos preços sobre os consumidores. Muitos indicaram ser favoráveis a proposta de criação de um programa estabilizador a partir da taxação da exportação de petróleo, o que preocupa o governo por entender que tal mudança pode diminuir a atratividade de áreas brasileiras para investidores internacionais. Mas o meio de abastecimento não é consenso. O líder do governo deixou claro que a iniciativa é bem vinda, mas não a fonte de recursos. Eduardo Braga também diverge do financiamento e sugeriu que sejam usados parte dos recursos da PPSA e das reservas internacionais para suavizar os preços dos combustíveis. O relator da matéria, Jean Paul Prates, deixou claro que ainda não há uma decisão fechada e que está avaliando uma gama de possíveis fontes, como royalties, participações especiais, dividendos da Petrobras e até mesmo ajustar a proposta de tributo sobre a exportação. A expectativa dos senadores é de que o texto já seja votado na CAE na semana que vem.
Equipe BAF – Direto de Brasília