No melhor estilo Eduardo Cunha, Hugo Motta trabalhou nesta semana para não dar margem de sobrevivência aos adversários. O resultado disso não poderia ser diferente: Elmar Nascimento desistiu – mas não oficializou ainda – e o União vai apoiar o candidato do Republicanos.
A partir da formalização do apoio de Arthur Lira, dia após dia o candidato à presidência da Câmara foi anunciando a adesão de mais partidos. Começou com o PP de Lira, passou pelo Podemos, MDB e PL de Jair Bolsonaro – mesmo após a invertida na tramitação do projeto da anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023.
O PT, que sonhava em esticar a decisão ao máximo possível, se viu sem saída diante da “onda” Motta. Nesta quinta-feira foi a vez do PCdoB e o PV. As conversas seguem no PDT.
Não há mais espaço de reação para Antonio Brito (PSD), o que neste momento deixa seu partido isolado. O atual líder do Republicanos já reúne votos suficientes para vencer qualquer oponente sem segundo turno.
Os próximos capítulos devem incluir a desistência de Brito e o início, de forma oficial, das definições de quem vai ocupar os cargos na cúpula da Câmara a partir de 2025.
Saída honrosa – A Elmar resta agora uma saída honrosa para formalizar sua desistência da disputa pela presidência da Câmara.
Mais cedo, o líder do União Brasil disse que representava um grupo de partidos que o apoiava e que não estava desistindo. Afirmou que iria consultar esse grupo antes de qualquer decisão. Também ensaiou um discurso de que a eleição no Senado é importante para seu partido, ou seja, quando confirmar sua desistência poderá alegar que o fez em favor de Davi Alcolumbre.
O União já desistiu de lançá-lo candidato na noite anterior e comunicou Motta. Agora quer em troca um posto a altura.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Vinicius Loures, Câmara dos Deputados