Fontes do Palácio do Planalto e negociadores do governo no Congresso afirmam que as emendas à LDO apresentadas pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) são iniciativas do parlamentar. As propostas são de mudança da meta fiscal de 2024 ao admitir déficits primários equivalentes a 0,75% e 1% do PIB. Fernando Haddad mantém a promessa de equilíbrio entre receitas e despesas, mas esse objetivo, na avaliação de Farias, exigirá contingenciamento de mais de R$ 50 bilhões e sacrificará políticas públicas. O ministro da Fazenda reafirmou que não vê o impulso fiscal como meio de crescimento sustentável. A preocupação de Haddad parece ser a de evitar que o Banco Central tenha argumentos para reduzir o ritmo de cortes da Selic. Farias e outros parlamentares do PT temem que o rigor na administração das despesas inviabilize os programas sociais que são a marca do governo Lula.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados
