A decisão do ministro Flávio Dino de suspender todas as emendas impositivas dos parlamentares até que o Congresso dê transparência, rastreabilidade e eficiência aos recursos eleva a outro patamar a crise entre STF e Congresso.
Ciente de que o embate pode refletir na pauta do governo no Parlamento, Fernando Haddad apelou, um dia antes da nova decisão de Dino, para que a agenda econômica não pare e que o país não saia prejudicado. O ministro da Fazenda tentou isentar o governo, alegando que a medida vem “de outro Poder”.
A Câmara adiou a votação dos destaques do segundo projeto da regulamentação da Reforma Tributária. Também em retaliação, a Comissão Mista de Orçamento derrubou uma MP que abria crédito de R$ 1,3 bi para o Judiciário.
O BAF apontou no dia 2 de agosto que a ação do ministro do STF seria facilmente associada ao governo, portanto o Palácio do Planalto não tem como escapar da fúria de deputados e senadores.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Diogo Zacarias, MF