O presidente Lula embarca para Nova York para uma semana de agenda intensa, que inclui a participação na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira.
Para trás, o presidente deixa um país com 60% do território atingido pelos incêndios, seca severa e críticas sobre a letargia das ações do governo federal no combate às queimadas (não por acaso o STF se apossou do debate). Se por um lado Lula não terá muito o que entregar na pauta ambiental, que deveria ser a vitrine do país no exterior, também não poderá se apresentar como um influenciador na política internacional, já que não foi capaz de dissuadir o vizinho da Venezuela, Nicolás Maduro, a seguir as regras do jogo democrático.
A agenda de Lula em Nova York vai até quarta-feira, inclui participação em reuniões paralelas à Assembleia Geral, entre elas a Cúpula dos chanceleres do G20. De acordo com o Palácio do Planalto, serão discutidos neste período temas como defesa da democracia, combate ao extremismo, fortalecimento do multilateralismo, reforma da governança global, combate à fome, transição energética, mudanças climáticas e consolidação da paz. Os temas em pauta forçarão Lula a falar publicamente de Maduro e da crise ambiental no Brasil, que em menos de um ano enfrentou enchentes no Rio Grande do Sul e fogo em mais da metade do país.
Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) integrarão a comitiva presidencial a Nova York.
Lula volta ao Brasil para, no dia 29, viajar ao México, onde participará da posse da presidente Claudia Sheinbaum.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Hugo Barreto