A capitalização da Eletrobras passou a ter uma importância dupla para a agenda eleitoral de Bolsonaro. Além de entregar pelo menos uma das grandes privatizações prometidas por Guedes, o processo ser realizado esse ano ajuda a segurar o impacto da conta de luz para os consumidores. Dentro do governo, o MME trabalha com o calendário de ter a autorização do TCU em março e com o primeiro semestre para a capitalização em si. Parte do recurso da privatização irá para CDE, que banca subsídios e benefícios do setor elétrico. Segundo integrantes da Aneel ouvidos pelo BAF, seria uma forma de amenizar a alta nas tarifas, mesmo assim não resolveria o impacto dos empréstimos feitos para socorrer as distribuidoras, especialmente o último que terá uma taxa de juros maior com aumento da inflação e já encontra resistência no TCU. O tribunal deve pedir análise de custo e impacto tarifário ao governo por entender que a MP que permitiu o novo empréstimo foi feita sem estudos. Por enquanto, a expectativa é de que a Conta-Escassez Hídrica seja liberada em tranches de R$ 5 bilhões, com possibilidade de mais de uma operação.
Equipe BAF – Direto de Brasília