Arthur Lira entregou ontem a aprovação da nova regra fiscal sem facilitar a vida do governo. Foram 379 favoráveis ao texto fechado em acordo e 64 contra. Ficou de fora a proposta incluída pelos senadores que abriria mais de R$ 30 bi para o governo. Um novo “guichê” se abre agora na Comissão Mista de Orçamento, onde o tema será negociado no âmbito da LDO ao longo do próximo mês. Hoje será a vez de votar a MP 1172, que reajustou o salário-mínimo e vence na próxima segunda-feira. Também será do jeito que a Câmara quer: com correção da tabela do Imposto de Renda, mas sem a tributação das offshores (cuja negociação se dará via projeto de lei em regime de urgência em paralelo a uma nova MP que será editada pelo Executivo). Ficou para a próxima semana a votação do requerimento de urgência e mérito da desoneração da folha de pagamento de 17 setores. Lira enfatizou ontem que os acordos desta semana foram finalizados em conversa com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e o número 2 do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Lira fez questão de agradecer estes negociadores na ausência dos titulares em semana crucial. Com as novas frentes de negociação impostas pela Casa, o governo agora que lute.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Lula Marques, Agência Brasil