Empoderado pela base bolsonarista que aprovou sua postura de ataque à CPI da Pandemia, o líder Ricardo Barros traduziu na tribuna da Câmara nesta tarde o sentimento do governo: de se manter em prontidão contra o “ativismo judicial” do STF. Enquanto a oposição se revezava em discursos apontando a gravidade da situação, Barros enalteceu a “demonstração inequívoca de apoio às bandeiras do presidente”. Ao contrário do que dizem as pesquisas, o líder avaliou que esse clima ajudará no projeto de reeleição de Bolsonaro. Barros também elogiou o tom do pronunciamento de Arthur Lira por mediar a “divergência” entre Executivo e Judiciário. Colocando no mesmo nível o tom do ministro Luiz Fux hoje e as ameaças de Bolsonaro ontem, o deputado reclamou que as pessoas não têm mais liberdade de expressão e defendeu que é preciso “conter o ativismo do Judiciário”. “Isso vai pacificar o nosso País”, concluiu. Ao final, Barros sugeriu que o STF recue e “se coloque no seu devido lugar”. Pela linha do discurso de Barros, os governistas seguem empolgados com as fotos de Esplanada dos Ministérios e avenida Paulista cheias. Não há no horizonte cenário de trégua.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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