Se Lula quer o Estado como indutor do crescimento, com PAC, nova política industrial e outras medidas, terá de convencer os parlamentares em meio à perda de poder orçamentário do Executivo. Além disso, há obstáculos legais para usar a Petrobras como parte relevante dessa ideia que encontra resistência entre deputados e senadores que replicam a guerra de lobbies do setor privado. No evento que está acontecendo neste momento no Palácio do Planalto, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse que sem indústria forte não há desenvolvimento forte. Durante o lançamento do programa Nova Indústria Brasil, ele ressaltou que o governo quer a depreciação acelerada, com a redução dos tributos sobre o lucro das empresas, para estimular investimento e aumentar a produtividade. Alckmin também defendeu o Reiq, programa que reduz PIS/Cofins e IPI para a compra de insumos das indústrias química e petroquímica. O pacote da nova política industrial prevê R$ 300 bilhões para financiamento da reindustrialização até 2026. A gestão será de BNDES, Finep e Embrapii com linhas não reembolsáveis ou reembolsáveis, e recursos por meio de mercado de capitais. O programa Mais Inovação terá R$ 20 bilhões de recursos não-reembolsáveis.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Antônio Cruz, Agência Brasil