A devolução parcial (e do item polêmico) da MP 1227 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deixa uma batata quente nas mãos do ministro Fernando Haddad, que agora terá que correr contra o tempo para achar uma solução para a compensação da folha de pagamentos. Pacheco deixou claro que qualquer medida terá que respeitar a noventena. Além disso, o STF concedeu um prazo de 60 dias para que governo e Congresso encontrem uma solução – que vence em 11 de agosto. Se Haddad conseguir aprovar uma solução no Senado e na Câmara até dia 19 de julho, quando começa o recesso, mesmo assim os recursos só entrarão nos cofres a partir de outubro – e é muito difícil prever se a verba será suficiente. Por isso, uma hipótese já aventada é o contingenciamento. Mas há aí também um fator de risco político.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil