Um dos aliados mais próximos de Arthur Lira avalia que o clima de insatisfação seguirá na Câmara, ainda que haja o compromisso do presidente da Casa em votar as matérias econômicas. Isso porque um dos motivos da obstrução nesta semana não foi resolvido: a liberação dos cargos na Caixa ao Centrão, como acordado com o Palácio do Planalto. Na quarta-feira, um importante líder governista sugeriu que a questão tinha “evoluído”, mas o presidente Lula ainda não deu seu sinal verde. A obstrução deve perder força, previu o deputado ao BAF, mas as reclamações não. Uma delas é a entrega da Funasa para o PSD ou Republicanos. Esse parlamentar cobra o cumprimento dos acordos e questiona quem efetivamente fala em nome do governo. “Sem a situação resolvida, não se pode exigir nada (da Câmara)”, avaliou. Um bloco que deve se manter agitado na próxima semana é o da oposição. A tendência é que as frentes temáticas e os oposicionistas que apoiaram a PEC que prevê a derrubada de decisões do STF pelo Congresso pressionem pelo andamento da proposição na Casa. Um dos primeiros obstáculos da PEC será a CCJ, onde o governo conta com o petista Rui Falcão (SP), presidente do colegiado, para obstaculizar.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil
