Entre os que ficam com certeza e ajudarão Bolsonaro a tocar o governo até o fim estão Ciro Nogueira, na Casa Civil, que terá forte influência na indicação de ministros para postos-chaves, ampliando o leque de fortalecimento do Centrão. Senadores ligados ao presidente, como Marcos Rogério (DEM-R)), estão na lista de Bolsonaro para assumir vaga na Esplanada, mas não está definido para onde iria. O Centrão está de olho principalmente nos ministérios do Desenvolvimento Regional, no lugar de Rogerio Marinho, das Cidades, de João Roma, além da Secretaria de Governo, em substituição a Flávia Arruda. Nestes três cargos, a previsão, neste momento, é que as vagas sejam ocupadas por senadores. A escolha passará por um critério muito importante: além dos senadores precisarem ter alguns anos de mandato pela frente e serem apoiadores de Bolsonaro, seus suplentes precisam ser pessoas confiáveis, para não traírem o governo em votações no Senado. O senador Márcio Bittar (AC) teve seu nome cogitado para o lugar de Marinho. Os senadores Luís Carlos Heinze (RS) e Eduardo Gomes também estão no páreo. A pasta da Saúde, segundo maior orçamento, perdendo só para a Educação, também é um dos principais alvos de disputa de poder. No caso do Ministério do Trabalho, Onyx Lorenzoni tenta emplacar um técnico de sua confiança, Mas o Centrão está de olho no posto, já que Onyx deixará o DEM para ir para o PL. Além de Ciro Nogueira, que se manterá no posto de “primeiro-ministro”, também estão previstos, neste momento, que permanecerão Paulo Guedes (Economia), Roberto Campos Neto (que tem mandato no Banco Central), Carlos França (Relações Exteriores) e Wagner Rosário (CGU). O ministro da Justiça, Anderson Torres, também deixa o cargo para concorrer a uma vaga de deputado pelo DF, depois de desistir disputar o Senado com Flávia Arruda.
Veja a lista dos ministros que devem deixar seus cargos para disputar mandatos:
• Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos)
• Fábio Faria (Comunicações)
• Flávia Arruda (Governo)
• João Roma (Cidades)
• Gilson Machado (Turismo)
• Marcelo Queiroga (Saúde)
• Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)
• Onyx Lorenzoni (Trabalho)
• Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
• Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)
• Tereza Cristina (Agricultura)
• Anderson Torres (Justiça)
• Braga Netto (Defesa)
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
