No retorno ao Brasil, o presidente Lula deve tratar da tão falada reforma ministerial demandada pelo Centrão. Embora o presidente tenha reforçado que os ministérios da Saúde e Desenvolvimento Social não estarão na mesa de negociações, fontes observam que o bloco não deve desistir de reivindicar as duas pastas. Isso porque os recursos destes ministérios são do tipo “fundo a fundo”, ou seja, chegam mais rápido nos municípios. É tudo o que o Centrão quer. Em tom de especulação, uma revista sinalizou que a presidência da Petrobras poderia entrar na dança das cadeiras no esforço de abrir espaço para o bloco, com a saída de Rui Costa da Casa Civil para a estatal. O presidente da Petrobras não criou caso na formação da chapa do Rio Grande do Norte e não disputou a reeleição para o Senado já de olho na estatal. Se por um lado Lula considera o gesto de Jean Paul Prates, por outro o ex-senador não tem lá tanto respaldo assim no PT para se segurar caso seu posto seja colocado para jogo. A questão é se o presidente está disposto a abrir mão de seu ministro-chefe para colocar alguém do Centrão no coração do governo.
Daiene Cardoso, Chico de Gois e Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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