No encontro com Lula no fim de semana, Rodrigo Pacheco usou de toda a sua elegância mineira para, de cara, rejeitar qualquer possibilidade de convite para ocupar um Ministério.
Segundo relatos, o ex-presidente do Senado chegou dizendo que estava desconfortável com os boatos de que ocuparia os lugares de Ricardo Lewandowski na Justiça e depois de Geraldo Alckmin no MDIC quando “nunca havia considerado isso”. Lula entendeu o recado e ouviu de Pacheco que seguirá no Senado ajudando o governo com a pauta econômica e cuidando do novo Código de Processo Civil.
A avaliação de Pacheco é de que seria cedo para fazer qualquer movimento no sentido de embarcar de vez no governo. Isso porque ele não sabe ainda se terá condições políticas de disputar o governo de Minas Gerais no ano que vem (se seria pelo PSD ou outro partido, se Gilberto Kassab vai embarcar na candidatura adversária ou não).
De fato não seria bom estrategicamente para o senador assumir um ministério: Minas está dividida e o Zema está muito bem por lá. Se Pacheco efetivamente quiser se candidatar ao governo, tem que ficar livre para, se necessário, não embarcar com os dois pés na canoa do Lula. Se vier para o governo, vai ficar carimbado como lulista e, neste momento, seria bom evitar esse rótulo.
O BAF apurou no entorno de Pacheco que o cenário político ainda está muito em aberto.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
