Em menos de três meses no comando da Câmara, Hugo Motta começa a colecionar críticas a sua gestão.
No momento em que é pressionado a pautar o PL da Anistia a Jair Bolsonaro, a dúvida que fica é como ele vai sair da situação sem se indispor com o STF, com o governo e com a oposição. Há quem diga nos bastidores que Motta “queimou a largada” ao defender a redução de pena aos condenados pelo 8/1, chamando para si um foco que estava no Supremo.
Mas não é só essa crítica que recai a Motta. O deputado preside pouco as sessões plenárias e tem se alinhado ao Senado no quesito “prolongamento” das folgas. Foram praticamente 10 dias de feriado estendido no Carnaval e mais 10 dias agora na Páscoa.
Cresce também a percepção de que a Casa está improdutiva, sem planejamento dos trabalhos, sem uma agenda clara do que será votado neste ano, o que faz alguns acreditarem que nada relevante – além do PL da Reforma da Renda – será votado em 2025. Excluindo o projeto da reciprocidade econômica (votada à toque de caixa por causa do tarifaço de Donald Trump), não houve até aqui grandes votações na Casa até agora.
Quando não há clareza de rumo no comando, surgem brechas para propostas – como a Anistia – ganharem espaço.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Ueslei Marcelino
