Atrás nas pesquisas de intenção de voto, Guilherme Boulos já ensaiou o discurso no próximo domingo se as urnas confirmarem sua derrota: que lutou contra a força da máquina pública.
O candidato pelo PSOL a prefeito de São Paulo disse que está enfrentando a ação de agentes municipais retirando materiais de sua campanha na cidade e pedindo votos a Ricardo Nunes.
Em entrevista à Globonews, Boulos reconheceu que sua trajetória no movimento social por moradia criou uma narrativa distorcida e disse que questionamentos se ele seria capaz de comandar a cidade precisam ser superados nos próximos dias. O candidato insistiu no discurso de que o eleitor deve ficar atento à infiltração do PCC e da milícia na administração pública.
Enquanto os críticos avaliam que a esquerda perdeu a conexão com a periferia, Nunes se intitulou como prefeito que mais fez pelas comunidades e que é o exemplo “do que está dando certo”. Entre os aliados, enalteceu na entrevista como principal parceiro de jornada eleitoral o governador Tarcísio de Freitas.
Com o conforto de quem conseguiu ocupar o antigo espaço do PT na periferia, Nunes transmitiu a tranquilidade de quem lidera com folga as pesquisas. Seu único receio é a abstenção alta e por isso pediu para que os eleitores compareçam no domingo para votar.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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