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Boulos é chance de reaproximação do governo Lula com movimentos sociais

Ao iniciar os movimentos para ter o deputado Guilherme Boulos como ministro palaciano, Lula tenta resgatar uma figura promissora do campo político aliado, que teve uma derrota expressiva em São Paulo e ficou escanteado nos últimos meses.
O presidente vê Boulos como um quadro importante para renovação da esquerda e fontes consultadas pelo BAF afirmam que o deputado pode dar mais “jovialidade” ao governo sem torná-lo mais radical, uma vez que terá de lidar com movimentos sociais e não com a articulação com o Congresso. O parlamentar tem capacidade de mobilização, pode reconectar o governo com suas bases e ter uma performance melhor que a Márcio Macêdo, mas por outro lado pode passar a impressão de um governo mais à esquerda, pondera um líder governista.
No entanto, o preço pode ser alto para os partidos progressistas em 2026: Boulos deve permanecer no governo até o fim, sem disputar a reeleição, mesmo destino que se vislumbra para Alexandre Padilha e Fernando Haddad. Na prática, são nomes que poderão fazer falta para PT e PSOL nas urnas.
O PSOL resiste à ideia porque perde seu principal puxador de votos em São Paulo e o MTST está insatisfeito por considerar a Secretaria Geral da Presidência insuficiente.
Boulos quer o cargo, agora a decisão é de Lula.

Equipe BAF – Direto de Brasília

Foto: Ricardo Stuckert

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