in ,

Bolsonaro insiste no discurso político contra a Petrobras

O Planalto viveu ontem o ápice da pressão por conta da guerra entre a ala política e econômica do governo em torno do preço dos combustíveis. As discussões continuam e Bolsonaro permanece com a ideia fixa de reduzir o PIS/Cofins da gasolina. O presidente também continua com o discurso de que considera um absurdo os lucros pagos pela Petrobras, sem levar em conta que a União também é beneficiada e recebe dividendos. Tem muita retórica em jogo e o objetivo é não perder o protagonismo do discurso por conta das eleições. Apesar da pressão, a ideia é que haja um compasso de espera para ver para onde vai a guerra e o câmbio e se isso pode ajudar a mudar o cenário, antes de tomar uma decisão sobre o que fazer com os combustíveis. A ala política ligada ao presidente também tem defendido que, se a guerra prosseguir, um subsídio será inevitável para que os preços não subam ainda mais. Enquanto isso, o presidente da Petrobras, Silva e Luna, continua resistindo à frente da empresa, descartando qualquer possibilidade de pedir demissão. A orientação dada foi para o general submergir e é isso o que ele pretende fazer, deixando a polêmica para outros grupos. Há um consenso no Planalto de que é preciso tomar cuidado com a governança da Petrobras e não promover interferências que possam prejudicar a empresa.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

PT quer fechar coligação até o início de abril

Semana de anúncio de medidas