Parlamentares que participaram das negociações da MP 1108 afirmaram que o líder do governo na Câmara Ricardo Barros (PP-PR) e o deputado e ex-ministro do Trabalho Onyx Lorenzoni (PL-RS) trabalharam para convencer os colegas, e principalmente o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP), a apresentarem um texto que não representasse ameaça ao negócio das administradoras de cartões de benefícios como os auxílios refeição e alimentação. O relator pretendia manter no substitutivo a possibilidade de os auxílios serem pagos em dinheiro, mas recuou e propôs essa opção depois de um período de 60 dias, o que preserva o fluxo de recursos das empresas financeiras que atuam nesse segmento. Além dos interesses dessas empresas, foi relevante para os deputados a dúvida sobre as consequências jurídicas do pagamento em dinheiro nos contratos regidos pela CLT e no âmbito tributário.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília