Passada uma semana da posse de Silvio Costa Filho e André Fufuca como ministros, líderes do Centrão relataram ao BAF que o ambiente político distencionou e “melhorou muito” na Câmara em relação ao governo Lula. Ao contrário de Arthur Lira, que prevê uma base de 340 a 350 votos, ninguém ousou cravar o tamanho da nova base governista. A previsão é de que o Palácio do Planalto continuará tendo os mesmos votos nas matérias econômicas, mas temas como alterações nas leis trabalhistas, saneamento básico, autonomia do BC, por exemplo, não terão adesão do bloco. Tudo vai depender da pauta patrocinada pelo governo, desde que ela não seja ideológica. O PL das offshores, dizem os deputados, “dará trabalho” para aprovar por causa do interesse dos próprios parlamentares. Um expoente do grupo avaliou que o governo finalmente compreendeu que o cenário atual não é de Lula I ou II. “O governo está se encaixando (na nova realidade)”, resumiu a fonte. A mesma fonte destaca que o governo acertou ao não insistir em temas ideológicos e, aliado às boas perspectivas econômicas, está conseguindo enfraquecer o discurso da oposição.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Dida Sampaio, Estadão Conteúdo