Uma resposta dada por Lula na entrevista coletiva realizada hoje indicou que a articulação política do governo no Congresso depende muito do presidente. Ele assumiu a culpa pela rejeição do indicado para a Defensoria Pública da União ao dizer que sua ausência, por causa da cirurgia, o impediu de falar com os senadores. Lula ponderou que a derrota não é um problema, mas a agenda de qualquer governo é sempre muito desafiadora com os parlamentares. Em meio à hostilidade no Senado, Lula tem de conseguir a aprovação da Reforma Tributária, mas como vai evitar um fundo de desenvolvimento regional de R$ 75 bilhões se já disse que a meta fiscal de 2024 não precisa ser de déficit zero? Fernando Haddad ainda luta para conseguir a aprovação das propostas de aumento da arrecadação pendentes de votação.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Vinícius Schmidt, Metrópoles