Diante da surra sofrida na semana passada por causa da portaria que gerou todo o imbróglio em torno do PIX, o presidente Lula abriu a reunião ministerial desta segunda-feira dizendo que elas passarão pelo crivo do Palácio do Planalto a partir de agora.
Também deixou claro que “2026 já começou” e que sua missão é impedir que a direita volte ao poder, por isso quer “dedicação” de seus ministros.
A antecipação da campanha eleitoral sinaliza disposição escancarada do governo em priorizar medidas com este fim.
Ao dizer que a população brasileira não é mais aquela que queria emprego com carteira assinada nos 80 e agora busca o empreendedorismo, o presidente mostra que compreendeu parte das críticas à visão de seu partido, falta agora aplicá-las no governo.
Sob pressão externa – O presidente Lula iniciou a reunião com a expectativa desta ser a última com a atual composição. Até aqui, a pressão era apenas interna, seja com o Centrão cercando por todos os lados para ocupar espaços mais relevantes no governo, seja pelo cenário econômico nada alvissareiro e a popularidade cada vez mais comprometida.
A partir de agora Lula terá adversários do exterior que irão influenciar na política local. Não só a política de Donald Trump propriamente dita terá forte influência no Brasil, mas sobretudo o empoderamento de Elon Musk no governo republicano vai mexer com os rumos do governo petista que, por sua vez, mostrou que está despreparado para isso.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Sergio Lima
