Apesar de Paulo Guedes ter dito ontem a empresários em Maringá, no Paraná, que o programa econômico de um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro será “o mesmo, só que aprofundado”, o núcleo político da campanha evita falar deste futuro, que dizem estar ainda muito longe. Um dos interlocutores do presidente comentou que o governo ainda tem muito a apresentar até o final do ano. “Primeiro é preciso ganhar as eleições”, desconversou. Guedes não é uma unanimidade entre os atuais articuladores da ala política da campanha. Para um dos integrantes dessa ala, “Guedes já cumpriu a sua missão”. A fonte não ousa dizer quem poderia estar na mira desse grupo para comandar economia, em um eventual segundo mandato de Bolsonaro. A fonte insiste também que “ninguém está falando sobre futuros grandes nomes de um governo que ainda não existe”. Para o interlocutor, primeiro é preciso disputar e depois ganhar. “Ninguém está sequer cogitando composições de governo a esta altura”. Questionado se o nome do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, poderia ser uma opção, já que é sempre elogiado por Bolsonaro, a fonte insistiu que não se está pensando em nomes para o futuro. Outra fonte comentou que, um governo eleito, com um Congresso conservador e com um presidente alinhado desde início com a política, tem muito mais chances de avançar com as reformas liberais, incluindo a Tributária. Além disso, lembrou, esta nova fase será sem pandemia.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília