Os parlamentares da base do presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin têm pela frente a difícil missão de mudar os rumos do projeto de lei orçamentária. O objetivo deles é evitar que o primeiro ano de governo seja praticamente perdido. Por outro lado, sabem que o tamanho do gasto extra teto, waiver ou qualquer outra expressão que signifique licença para elevar as despesas é o primeiro sinal da política fiscal do terceiro governo Lula. É fato que as demandas das políticas públicas e as promessas da campanha eleitoral não cabem no orçamento com a atual norma constitucional do teto. Todos sabem que essa âncora fiscal seria mudada independentemente do resultado da eleição. No Congresso, o grupo de sustentação do presidente da Câmara tem força para proteger suas emendas. Há muitas estimativas e especulações sobre o que seria o waiver, algo entre R$ 100 bilhões e R$ 400 bilhões, mas as reuniões começam hoje em Brasília, a partir das 10h30, e a definição não será fácil e rápida.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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