O CMSE se reúne nesta quinta-feira em reunião extraordinária, com pauta ainda desconhecida.
Os participantes do CMSE tem em mãos dados que mostram a situação hídrica piorando em outubro, devendo manter a bandeira vermelha 2 até dezembro, com amarela somente em janeiro de 2025, no cenário central da CCEE. No pior cenário, o PLD bate no teto em novembro e dezembro.
A situação hídrica também mostra deterioração das expectativas. Em janeiro, estimava-se armazenamento de 71% dos reservatórios do SIN para outubro e a mais recente estimativa é de 44%.
Prever o início de despacho de energia térmelétrica fora do mérito (sem respeitar o preço unitário) é algo ainda difícil, já que não há regras ou gatilhos estipulados em lei. A GFOM é autorizada pelo CMSE por “garantia de suprimento energético”, para evitar que falte energia aos consumidores.
Para tomar essa decisão, entidades que compõem o CMSE observam as curvas de referência e os cenários prospectivos de energia afluente (água nos rios) e energia armazenada (água nos reservatórios). Não é determinístico, depende de avaliação das instituições que, ao rodarem os cálculos de previsão de oferta e demanda de energia em um mês verificam se pode haver desacasamento e decidem trazer qualquer geração possível, apesar do custo.
Sem perspectiva de melhora – O ONS avalia que “não há perspectiva de melhoria significativa nas condições hidrometeorológicas para os próximos meses”.
Essa avaliação foi feita pelo operador na semana passada e consta de correspondência sobre a necessidade do retorno em operação da usina termelétrica Termoceará, parada por determinação da Aneel por problema contratual.
O esforço do ONS em tentar reverter a interrupção da compra desse energia e a avaliação sobre as perspectivas hídricas para outubro e novembro é uma das demonstrações da percepção da dificuldade operativa para os próximos meses por parte do ONS.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Alexandre Cruz