O ministro do MME, Alexandre Silveira, deu pistas do que pode sair de medidas nesta viagem para a Bolívia: o aumento da cota de inundação da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, e a importação de gás natural no mercado livre pela indústria brasileira, utilizando o Gasbol. Porém, o ministro não informou como endereçará os entraves para tornar esse quadro realidade.
A ideia de aumentar a cota de Jirau foi amplamente debatida em 2016 e esbarrava no fato de que iria inundar áreas com população na Bolívia. Também causava problemas com a usina a jusante, Santo Antônio, o que levou a uma grande briga – inclusive com ataques via imprensa e publicidades nos jornais pagas pelo consórcio de Santo Antônio.
Sobre o gás natural, passar a contratar a molécula diretamente na YPFB de cerca de 4mn m3/d é a parte mais fácil, aproveitando ociosidade no Gasbol. Difícil é mexer nas regulações estaduais das distribuidoras, que dificultam o acesso ao mercado livre.
Silveira também falou que o Brasil pode “equalizar” investimentos no gasoduto argentino Nestor Kirchner, sem deixar claro se isso seria um investimento feito pela Petrobras ou pelo PAC, com BNDES, repetindo fórmulas de investimentos feitos nos governos do PT que geraram grandes problemas.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Mark Felix, AFP