A semana que se encerra hoje foi marcada por movimentações do MME e da ANP que preocupam as concessionárias de distribuição de gás natural encanado.
Em Sergipe, o ministro Alexandre Silveira falou que há “capitanias hereditárias” do gás, com remuneração muito alta e incompatível com o risco setorial.
Ontem a ANP reforçou que o gasoduto Subida da Serra, da Comgás (do grupo Cosan), não pode ser considerado estrutura de distribuição mas sim de transporte, ferindo os planos da empresa de “bypassar” a malha de transporte ao importar seu GNL.
Ao virar sua mira para as distribuidoras, Silveira ataca a Comgás – a maior empresa do setor no país – e também ameaça os planos do grupo Energisa, que comprou em maio as participações privadas em distribuidoras de cinco Estados do Nordeste.
Ao mesmo tempo, as sinalizações contra o gás atendem aos pleitos dos consumidores energointensivos, que têm na alteração da remuneração dos contratos de gás natural uma antiga batalha e que também advogavam contra a verticalização da Comgás possibilitada pelo gasoduto Subida da Serra – o que, na visão deles, criaria uma “ilha de gás” e elevaria preços na região Sudeste.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
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