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Reuniões entre militares e STF serviram para reduzir a tensão

Antônio Molina / Fotoarena / Estadão Conteúdo

Ontem muitas imagens e notícias foram vistas com a participação de militares. Primeiro a presença de Bolsonaro na reunião do Alto Comando do Exército, o que é recorrente e não apresenta nenhuma novidade. Mas, é um gesto. Em seguida, outro gesto: uma reunião no Planalto de Bolsonaro com os 3 comandantes militares e também o general responsável pelo setor cibernético do Exército, o que também tem se repetido várias vezes. Neste caso, serviu até para alinhamento de discurso do terceiro cenário que viria à tarde: o encontro do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, com o presidente do STF, Luiz Fux. A conversa tinha por objetivo tentar quebrar o gelo entre os dois lados, depois do ataque do ministro Barroso às Forças Armadas, que disse que os militares estavam sendo orientados a atacar o processo eleitoral. Neste último caso, o cristal foi quebrado e cristais podem até ser colados, mas nunca voltam a ser como antes. O que Barroso disse, não será apagado. Com isso, apesar de o tom das declarações do presidente do STF serem diferentes da nota da Defesa emitida na ocasião, ao final dos encontros um passo foi dado na direção da distensão e tentativa de harmonia entre os Poderes. No entanto, todos sabem que mais dia, menos dia, essa harmonia voltará a ser quebrada com mais uma esticada de corda, seja pelo presidente Bolsonaro, seja por algum integrante do STF ou da Justiça Eleitoral.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

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