Antes mesmo do fiasco das prévias do PSDB, o PT avaliava que a disputa fraticida entre Doria e Leite teria impacto negativo para os tucanos em 2022. Auxiliares de Lula avaliam que hoje o PSDB está fragmentado em ao menos três partes: Doria e Leite, que controlam as maiores máquinas administradas pelo partido, e Aécio, que tem forte influência sobre a bancada. Soma-se a isso o desempenho pífio de Alckmin em 2018 e o alinhamento ao bolsonarismo tanto da bancada, durante o governo, quanto dos próprios Doria e Leite nas eleições. Petistas avaliam que seja quem for o vencedor das prévias, dificilmente terá o apoio real do adversário na disputa eleitoral do ano que vem. Para eles, a base tucana hoje está muito mais na grande imprensa, empresariado e mercado financeiro do que no eleitorado e o PSDB não tem lideranças à altura para articular uma recomposição das principais lideranças do partido.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília