Petistas que defendem a criação de uma federação partidária em 2022 querem dar uma dimensão de frente à aliança para vencer resistências internas. A federação incluiria PT, PSB e PCdoB e seria batizada como um um nome que remeta a Lula. O PSOL não topou participar. O objetivo é subir um degrau no debate hoje “mais pragmático do que programático”, segundo um dirigente. “Neste momento está todo mundo fazendo as contas”, confirma o secretário de Comunicação, Jilmar Tatto. Os defensores da federação argumentam que: 1 – a “chapa do Lula” poderia atrair dissidentes do PDT, MDB e até PSDB na janela de abril. 2 – em vez de o PT ter sozinho uma bancada de 70 a 80 deputados, como estima José Guimarães, a federação poderia ter até 150 cadeiras, reduzindo a dependência em relação ao Centrão 3 – a federação pode ser usada como moeda de troca em negociações com os outros partidos. Segundo Tatto, ao incluir a federação na pauta, a direção do PT abriu formalmente os debates sobre política de alianças e palanques estaduais. Lula ainda não se manifestou sobre o tema.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo