A ideia apresentada ontem de comissão mista de análise de Medidas Provisórias respeitando a proporcionalidade de Câmara e Senado não é nova. No dia 16 de março, o BAF informou que o modelo estava no radar de Arthur Lira como referência caso não avançasse a proposta do fim deste tipo de colegiado. A proporção de três deputados por senador segue o padrão da CMO, considerado “mais democrático” por Lira. Na semana passada, o presidente da Câmara citou publicamente essa possibilidade. Diante do impasse, só restou esse caminho para negociação com Rodrigo Pacheco ou, em última instância, o governo escolher qual das MPs de Lula quer votar, enviando assim as demais propostas que caducarão por projeto de lei em regime de urgência. Enquanto não há acordo, ontem a Câmara votou as MPs 1142 (que prorroga contratos temporários de profissionais de saúde no Rio de Janeiro) e 1149 (que autoriza a Caixa a administrar neste ano o fundo do DPVAT) pelo rito de apreciação direto no plenário. Hoje a sessão começa a partir das 13h55 com oito MPs na pauta.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Mariana Ramos, Câmara dos Deputados