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Primeiras medidas, base incerta

O governo anunciou hoje um conjunto de medidas para melhorar as contas públicas federais, entre elas 3 Medidas Provisórias (incluindo a da retomada do voto de qualidade pró-Fazenda no Carf). Tudo o que depender do Congresso para sua aprovação neste momento precisará de um tempo de acomodação política nas relações entre Executivo e Legislativo para o governo aprovar o que quer. O novo Parlamento tomará posse em 1º de fevereiro e não está claro qual base governista começará os trabalhos na Câmara e no Senado. Entre os deputados, por exemplo, a tarefa é conquistar o apoio de aproximadamente 100 parlamentares além dos 240 da largada, como o BAF destacou ontem. Tem também eventuais resquícios do processo de sucessão das Mesas Diretoras das duas Casa. Na Câmara, Arthur Lira segue com todos os indicativos de manutenção no cargo, já no Senado Rodrigo Pacheco pode disputar a reeleição contra o bolsonarista Rogério Marinho (PL/RN). Hoje, Pacheco já se reuniu com líderes do governo no Congresso e com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para tratar “das matérias de interesse do País”. Está clara a aproximação política dos últimos dias fruto do ataque aos três Poderes, mas ainda é preciso consolidar as alianças para aprovação das matérias de interesse do Planalto nas duas Casas.

Daiene Cardoso e Arnaldo Galvão – Direto de São Paulo e Brasília

Foto: Roque de Sá, Agência Senado

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